Parauapebas| Criança de 4 anos é atropelada por moto conduzida por adolescente de 14 anos; veja vídeo

O caso aconteceu na noite desta quinta-feira (16/2) no Bairro Cidade Jardim e foi registrado por câmera de segurança. Apesar da gravidade do acidente, a criança não sofreu ferimentos graves

Parauapebas/PA – Uma menina de apenas 4 anos de idade foi atropelada por uma motocicleta pilotada por um adolescente de 14 anos em Parauapebas, no sudeste do Pará. O caso aconteceu por volta de 21h46 desta quinta-feira (16/2), na Rua 12, no Bairro Cidade Jardim, e foi registrado por uma câmera de segurança.

A menina brincava na rua jogando bola, em frente a sua casa, junto com outras crianças, quando o adolescente, que pilotava uma moto Biz de placa QSY- 3919 (licenciamento atrasado desde 2017), mesmo ao ver as crianças, não reduz a velocidade e a atinge.

A menina ainda é arrastada e depois cai, batendo a cabeça no asfalto. Apesar do impacto forte, ela levanta, ajudada por um menino que brincava com ela. A criança foi depois socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

A vítima é filha do Guarda Civil Municipal, Sidney Heleno Barbosa Bentes (GCM Heleno), que estava na faculdade quando aconteceu o acidente. Segundo ele, no intervalo da aula, ao ver várias ligações de sua esposa, ligou de volta e foi informado do que havia acontecido.

Ele imediatamente veio para casa e ficou sabendo que a pessoa que tinha atropelado sua filha era um adolescente, filho de uma mulher de prenome Leyliane, que é dona do bar e restaurante Biroska.

De acordo com Heleno, ao ir até o estabelecimento da mulher, conversar sobre o ocorrido, encontrou Leyliane bebendo. Fazendo pouco caso diante da gravidade do que tinha acontecido, ela ainda teria dito que a culpa era da esposa dele, por deixar a criança brincando na rua.

Um vídeo mostra a Leyliane alterada acusando a mulher de Heleno de ter deixado a criança na rua. Outra mulher fala que uma pessoa vai resolver o problema. Essa pessoa, segundo Heleno, seria um sargento que ele não sabe o nome.

“Como se um sargento, ou seja quem for, fosse resolver a situação grave, que colou em risco a vida da minha filha. Como se uma pessoa fosse eximir a responsabilidade dela e do filho. Dela por permitir que um adolescente pilotasse a moto e do filho por ver as crianças e não reduzir a velocidade”, diz Heleno.

Segundo ele, quando foi ao restaurante da mulher, um homem que estava lá ainda tentou intimidá-lo. Ele então entrou em contato com o Centro de Controle e Operações (CCO) e uma viatura do GCP foi até o local. Quando a viatura chegou, o adolescente, que estava dentro do bar, saiu e todos os envolvidos foram conduzidos para a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil.

Heleno ressalta que, com exceção do adolescente, as outras pessoas, inclusive as que estavam em outra moto que seguia o autor do atropelamento, estavam ingerindo bebida alcoólica. Ele chama atenção para a responsabilidade de pais ou responsáveis que deixam menores de idade conduzir veículos, que podem provocar tragédias.

Ela lembra que, pela graça de Deus, sua filha não teve fraturas ou ficou ferida com mais gravidade. Ela está se queixando apenas de dores nas costas e está com dificuldade de levantar o braço direito.

O agente diz que não vai deixar o caso passar impune e vai lutar por justiça. Heleno ressalta que Leyliane, quando ele chegou para conversar com ela, agiu com desdém, sem se importar que sua filha, naquele momento, estava sentido muitas dores, sendo atendida na UPA.  O caso está sendo apurado pela Polícia Civil.

O NNC não conseguiu contato com  Leyliane, para ouvir sua versão sobre o caso.

Por Tina DeBord

Foto: Reprodução NNC