Carla Zambelli seguirá presa até decisão sobre sua extradição, decide Justiça Italiana

A brasileira foi detida na terça-feira (29/7); agora ela deve permanecer no presídio de Rebibbia, nos arredores de Roma



Roma/Itália - A deputada licenciada Carla Zambelli vai ficar presa na Itália após decisão da Justiça da Itália. A brasileira foi detida na terça-feira (29/7) e levada para uma delegacia local. As autoridades tinham 48 horas para decidir sobre a validação da prisão. Ele seguirá no presídio de Rebibbia, nos arredores de Roma.

A decisão da Justiça italiana foi confirmada pela embaixada brasileira.

Prisão na terça-feira

A Polícia Federal confirmou, em nota, a prisão da brasileira e disse que ação foi possível devido a "cooperação policial internacional entre a Polícia Federal, a Interpol e agências da Itália".

"A presa era procurada por crimes praticados no Brasil e será submetida ao processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário", informou a PF.

Zambelli ainda tentou dizer que se entregou à polícia, mas foi demitida pelo deputado italiano Angelo Bonelli, que disse que Zambelli foi identificada pela polícia em Roma após ele informar onde ele estava morando. "Carla Zambelli está em um apartamento, em Roma. Forneci o endereço à polícia, neste momento a polícia está identificando Zambelli", escreveu Bonelli no X.

Pedido de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou em 7 de junho o início do cumprimento da pena de 10 anos de prisão imposta à parlamentar condenada por ataques ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou em 7 de junho o início do cumprimento da pena de 10 anos de prisão imposta à parlamentar condenada por ataques ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Moraes também determinou o envio da documentação do caso ao Ministério da Justiça para dar início ao processo de extradição da parlamentar, que deixou o Brasil no fim de maio.

O cumprimento de pena deve ocorrer no Brasil.

Em um vídeo publicado no Instagram na terça-feira, o advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, disse que a cliente se entregou às autoridades italianas "a fim de colaborar administrativamente":

— A Carla busca a não extradição e obviamente ser julgada com parcialidade e justiça.

Perda de mandato

Moraes ordenou ainda que os autos sejam enviados à Câmara dos Deputados, para que a Casa declare a perda do mandato de Zambelli, conforme previsto na Constituição em casos de condenação criminal transitada em julgado. Em 10 de junho, o presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou, que caberá ao plenário da Casa decidir sobre a perda de mandato da parlamentar.

Novo inquérito

Em 4 de junho, Moraes determinou a abertura de novo inquérito contra a deputada para apurar suposta coação e obstrução de investigação que envolve organização criminosa.

Na decisão, o ministro disse que manifestações e ações da parlamentar indicam risco de reiteração criminosa e tentativa de "descredibilizar as instituições democráticas brasileiras".

Ela já responde na Corte por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

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