PARAUAPEBAS| Bebê morre após mãe em trabalho de parto ser mandada para casa duas vezes por médico no HGP
O caso trágico, que causou trauma na mãe do bebê, aconteceu na noite desta terça-feira (27/8). O corpo do bebê foi sepultado nesta quarta-feira (28/9) em Marabá
Em entrevista ao NNC, a mãe, que terá o nome preservado, porque seu esposo é
servidor público municipal e há o medo de represália, detalha que ao começar a
sentir as dores do parto foi levada pelo marido para o HGP, onde chegou por
volta de 21h. Ao ser atendida, o médico que a examinou, que ela não lembra o
nome, disse que ela ainda não estava com dilatação para ter o bebê e a mandou
para casa.
As dores se intensificaram e, por volta de 22h30, ela voltou
ao hospital e, mais uma vez, recebeu o diagnóstico que ainda não estava com dilatação
para ter a criança e foi mandada para casa. Por conta de mais uma negativa e já
decepcionada com o atendimento recebido no hospital no momento em que deveria
ser amparada, por estar sentido muitas dores, seu marido decidiu levá-la para
Marabá, onde iria buscar um melhor atendimento.
No entanto, ao passar a cidade de Eldorado do Carajás, as
dores aumentaram e ela entrou em trabalho de parto, tento o bebê dentro do
carro com o auxílio do marido. Ao nascer, a criança não teve nenhuma reação e
logo veio o desespero, com a suspeita de que ela estava morta. Imediatamente eles voltaram
para a cidade de Eldorado e seguiram para o Hospital Municipal, onde o medico
que os atendeu, após examinar a criança, disse que o bebê tinha morrido dentro
do útero, por ter passado da hora de nascer.
Segundo a mãe, ela fez corretamente o pré-natal e todos os
exames realizados mostraram uma gravidez normal, sem qualquer alteração. “Meus
exames estavam todos normais. Eu perdi minha filha por negligência médica, porque
passou da hora de nascer. Se tivessem me internado e feito o procedimento
correto, minha filha, que se chama Helena Vitória, estaria nos meus braços
agora e não sepultada”, desabafa a mãe.
Ela diz que ficou decepcionada e revoltada com o descaso da saúde
pública em Parauapebas que não vai mais voltar para a cidade. “Eu vou ficar na
casa dos meus parentes aqui [Marabá]. Não volto mais para essa cidade”, diz a
mulher, que está sob efeito de remédios, por conta da dor de perder o primeiro
bebê, que estava sendo aguardado com muito ansiedade e amor por ela, seu esposo
e familiares. “Eu estou despedaçada”, diz ela.
Na semana passada, uma mulher morreu após parto no HGP. A
família também acusa o hospital de negligência médica. Como o NNC não conseguiu
contato com a direção do HGP, fica reservado espaço, caso queiram dar sua
versão sobre o caso.
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