A vacinação contra febre aftosa e todas as demais ações de defesa agropecuária têm por objetivo evitar a reintrodução e a disseminação de doenças, assim como prejuízos para a pecuária
"Essa campanha é muito importante, pois garantimos a
sanidade e qualidade do nosso rebanho. O gado de origem do Pará possui Selo
Verde, com responsabilidade ambiental, e preparado com qualidade para percorrer
o mercado internacional. Parabéns a todos que contribuem para a economia do agro",
destacou Helder Barbalho.
A vacinação contra febre aftosa e todas as demais ações de
defesa agropecuária têm por objetivo evitar a reintrodução e a disseminação de
doenças, assim como prejuízos para a pecuária. Nesta etapa, devem ser vacinados
animais de todas as idades, em 127 municípios, no período de 1° a 31 de maio,
com notificação até 15 de junho.
“Na etapa de Maio/2021, a cobertura vacinal do rebanho
atingiu um índice de 96,86%, ficando acima dos valores preconizados pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Números bem
expressivos quando comparados aos outros estados de mesmo status sanitário.
Isso se deu porque os atores envolvidos no processo tomaram a decisão por um
rebanho sadio”, informou o diretor-geral da Adepará, veterinário Jamir
Paraguassu Macedo.
Programa nacional
- A campanha integra o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa
(PNEFA), destinado a alcançar a cobertura vacinal de bovinos e bubalinos
determinada pelo Ministério da Agricultura. Além da melhoria econômica, o PNEFA
tem como prerrogativa a análise dos cenários e esforços das iniciativas
públicas e privadas, para que, até 2026, a vacinação contra a doença seja
suspensa em todo o País.
"Eu estou governador, mas sou pecuarista e agricultor.
O agro é um setor que gera muitos empregos e renda para nossa população. Hoje,
já somos o terceiro rebanho do País, mas nossa proposta é ser o maior rebanho.
Consumimos apenas 20% do que produzimos. Então, precisamos investir cada vez
mais no setor e dar apoio aos produtores. O governo está comprometido com
isso", garantiu o governador.
Certificação - O
Pará tem comprovado ausência do vírus da febre aftosa no seu território há 17
anos, sendo certificado internacionalmente como livre de febre aftosa com
vacinação desde 2018. Entretanto, a manutenção desse status está atrelada ao
cumprimento das diretrizes da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE, sigla
em inglês), assim como do PNEFA, que formam a base do sistema de vigilância
epidemiológica. O objetivo é identificar precocemente qualquer suspeita de
reintrodução do vírus, para a contenção imediata, sem demais prejuízos à
economia. As ações são executadas pelo Serviço Oficial rotineiramente, a fim de
salvaguardar o patrimônio pecuário.
Notificação - A
Adepará ressalta que, após o período de imunização do rebanho, os produtores
têm prazo para fazer a notificação à Agência, presencialmente ou via internet,
pelo Sistema de Integração Agropecuária (Siapec 3), disponível no site do
órgão. O produtor rural deve adquirir sua vacina em revenda cadastrada.
Para comprovar a vacinação, é necessário apresentar, além da
nota fiscal de aquisição da vacina, a relação do rebanho, com a quantidade de
animais, faixa etária e espécie. O produtor que não notificar a vacinação fica
sujeito à multa e bloqueios sanitários, cujo valor pode variar de acordo com a
quantidade de animais.
O coordenador do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
(Senar) em 17 municípios da região, Virgilino Camargo, disse que enquanto a
vacinação for obrigatória os produtores têm de vacinar. “O produtor é
consciente de que precisa vacinar. A campanha é apenas um lembrete, porque a
vacina ainda é o melhor remédio para o rebanho. Nós estamos sem doença de
aftosa há muito tempo e queremos ficar livres da vacina também. Temos de
trabalhar para sermos território livre da doença sem vacinação”, afirmou.
“A vacinação de febre aftosa de bovídeos é uma ação
executada pelo produtor, que apresenta o objetivo de garantir a sanidade do
rebanho aos consumidores de carne do País e do mundo. Estes produtores têm
conseguido atingir o êxito de manter a vacinação antiaftosa acima de 90%.
Portanto, devemos parabenizar os produtores rurais e os servidores da Adepará
por atingirem esta meta proposta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, que valoriza ainda mais a cadeia da carne bovina paraense
perante o mercado nacional e internacional”, frisou o diretor de Defesa e
Inspeção Animal da Adepará, Jefferson de Oliveira.
O Pará executa cinco etapas de vacinação no decorrer do ano,
todas em cumprimento às diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para a
Febre Aftosa.
Etapas da vacinação:
Março e abril: municípios de Faro e Terra Santa (no Oeste) -
vacinação com faixa etária para todos os animais.
Maio: calendário de imunização contempla 127 municípios -
vacinação com faixa etária para todos os animais.
Julho e agosto: novamente nos municípios de Faro e Terra
Santa - vacinação para animais de até 2 anos de idade.
Agosto a outubro: Etapa Marajó - vacinação de animais de
todas as idades.
Novembro: novamente em 127 municípios - vacinação para
bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade.
Fonte: Adepará
Foto: Marcelo Seabra/Ag.Pará
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