Caso Parakanã| Equipe de busca encontra três corpos, que podem ser de caçadores desaparecidos em terra indígena

Os corpos do sexo masculino foram encontrados na manhã deste sábado (30/4), durante buscas realizadas na reserva, localizada no município de Novo Repartimento, sudeste Pará 


Novo Repartimento/PA- Na manhã deste sábado (30/4), as esquipes que realizam buscas pelos caçadores desaparecidos na Reserva Indígena Parakanã encontraram os corpos de três homens, que podem ser das vítimas. Os corpos já estão em adiantado estado de decomposição.

A Polícia Cientifica irá fazer análise para verificar se os corpos são de Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Wilian Santos Câmara, que desapareceram no último domingo (24/4), quando foram caçar na reserva indígena, localizada no município de Novo Repartimento, no sudeste do Pará.

Os jovens, que são amigos, teriam entrado na reserva para caçar sem a autorização das lideranças indígenas. As motocicletas que estavam e outros pertences foram encontrados dentro da Terra Indígena (TI) Parakanã, que fica a cerca de 30 quilômetros da sede do município de Novo Repartimento, por famílias e amigos, que invadiram a área e quase entram em confronto com os índios.

O clima é tenso na região. Equipes do Choque da Polícia Militar estão na cidade e familiares dos caçadores teriam sido comunicados após a descoberta dos corpos, ainda sem identificação, que serão levados por uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) para o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá, unidade considerada mais apta e com mais estrutura para fazer os exames cadavéricos. Somente após a perícia, é que poderão ser confirmadas as identidades.

Familiares e amigos, que chegaram a bloquear a rodovia Transamazônica, no trecho entre Marabá e Novo Repartimento, pedindo uma solução para o caso, estariam revoltados. Por conta disso, o policiamento na área, que já conta com efetivos das polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar, foi reforçado. A preocupação é que familiares e amigos dos caçadores, movidos pelo desejo de vingança, entrem na reserva para querer fazer justiça com as próprias mãos, o que poderia gerar um confronto com mais vítimas.

 

 

Por Tina DeBord

Foto: Divulgação

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