Putin sobe o tom com Otan e UE, ordena armas nucleares em alerta máximo e Ucrânia aceita negociar

O líder russo afirmou que considerou algumas declarações ofensivas a seu país e ordenou as forças as de dissuasão - que incluem armas nucleares – que fiquem em seu estado mais alto de alerta

 


Neste domingo (27/2), o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que as forças de dissuasão de seu país - que incluem armas nucleares - em seu estado mais alto de alerta, enquanto as forças ucranianas se envolvem em combates ferozes com tropas russas em várias cidades da Ucrânia. A medida do líder russo vem em face da condenação universal e aumento das sanções das potências ocidentais sobre o ataque não provocado de Moscou à Ucrânia, agora em seu quarto dia.

"Oficiais de alto escalão nos principais países da Otan se permitiram fazer comentários agressivos sobre nosso país, portanto, ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior que coloquem a Força de Dissuasão do Exército Russo em alerta de combate", disse Putin, em uma reunião com altos oficiais de defesa russos.

Putin também disse que as sanções ocidentais impostas à Rússia são ilegais.  Enquanto isso, o gabinete do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmou que uma delegação ucraniana se reuniria com uma delegação russa para conversas na fronteira Ucrânia-Bielorrússia, após garantias do presidente bielorrusso Aleksander Lukashenko.

O vice-ministro do Interior da Ucrânia, Evgeny Yenin, disse que as negociações ocorrerão na manhã de segunda-feira (28/2), horário local. Zelensky havia dito anteriormente que estaria disposto a manter conversas com a Rússia, mas não na Bielorrússia, apontando que ações militares russas estão sendo lançadas a partir daquele país.

No domingo, Zelensky disse em uma breve declaração televisionada que não espera muito da reunião. "Direi com franqueza, como sempre: não acredito muito no resultado desta reunião, mas deixe-os tentar. Para que nenhum cidadão da Ucrânia tenha dúvidas de que eu, como presidente, não tentei parar a guerra quando havia até uma pequena chance", disse Zelensky.

O escritório de Zelensky informou que Lukashenko ligou para seu colega ucraniano neste domingo. "Os políticos concordaram que a delegação ucraniana se reunirá com a delegação russa sem pré-condições na fronteira ucraniana-bielorrussa, perto do rio Pripyat", disse o gabinete de Zelensky.

 

Fonte: CNN

Foto: Divulgação

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