Tanto Lula quanto Bolsonaro se mostraram pouco eficazes como padrinhos de candidatos. Das 9 capitais em que o PL disputava o 2º turno, ganhou só em duas. O PT levou só uma. O grande vencedor foi PSD, de Gilberto Kassab, que já havia feito maioria no primeiro turno
Brasília/DF - O segundo turno das eleições municipais de 2024 ontem, domingo (27/10), deixou em evidência a potência de partidos de centro e centro-direita e revelou uma polarização mais enfraquecida, em que tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro se mostraram pouco eficazes como padrinhos de candidatos.
O PSD, presidido por Gilberto Kassab, é o partido que vai liderar a maior parte da população do país a partir de 2025. Entre as capitais, a legenda vai comandar Rio e Belo Horizonte. Em São Paulo, fez parte da coligação vitoriosa que reelegeu Ricardo Nunes, do MDB. O MDB, aliás, será o segundo partido com mais prefeituras no país e seguirá no poder na capital paulistana.
O PT disputava o segundo turno em quatro capitais e levou só em uma: Fortaleza. O PL, de Bolsonaro, ganhou em apenas duas das 9 capitais para as quais concorria no segundo turno: Cuiabá e Aracaju. Ainda assim, está entre as legendas que mais conquistaram prefeituras nas principais cidades do país.
Cerca de 80% dos prefeitos que tentaram a reeleição conseguiram um novo mandato. Nas capitais, 16 prefeitos se reelegeram;
Na capital paulista, Ricardo Nunes ganhou em todas as zonas eleitorais em que Pablo Marçal (PRTB) venceu no 1º turno. Principal fiador da candidatura de Nunes, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), saiu fortalecido como nome da direita para a disputa presidencial de 2026. Em seu discurso da vitória, Nunes o chamou de "líder maior".
No dia da eleição, o clima entre as campanhas em São Paulo voltou a esquentar. Tarcísio disse que a polícia interceptou mensagem do PCC orientando voto em Boulos, que entrou com uma ação eleitoral.
Ribeirão Preto (SP) foi a cidade com a votação mais apertada no 2º turno. Entre as capitais, a disputa mais acirrada foi em Fortaleza.
Nas eleições deste ano, 17 dos 26 prefeitos eleitos em capitais declararam patrimônios milionários. Com mais de R$ 313 milhões, Sandro Mabel (União), de Goiânia, é o prefeito mais rico do Brasil.
Abstenção alta: cerca de 29% dos eleitores faltaram à votação neste domingo. Em São Paulo, a abstenção foi a maior da história em um 2º turno (31,54%).
Fonte: g1
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