Parauapebas: Criança é encontrada sozinha em casa, em meio a sujeira e dormindo em colchão velho no chão

A situação flagrante de abandono e maus-tratos de incapaz foi registrada na noite desta segunda-feira (27/11), no Bairro Bairro Betânia. O conselheiro tutelar que atendeu a ocorrência, mesmo diante da situação crítica em que a criança se encontrava, não quis resgatá-la, diz a GCMP

Menino foi encontrado sozinho na casa, dormindo em colchão no chão, próximo ao fogão. Casa estava cheia de lixo


Parauapebas/PA - Um menino de 8 anos de idade foi encontrado pela Guarda Civil Municipal (GCM) sozinho em casa, em ambiente sujo e dormindo em um colchão no chão, próximo ao fogão. A criança foi encontrada, na noite desta segunda-feira (27/11), após denúncia anônima.

Segundo a pessoa que denunciou, a mãe do menino foi embora para a Canaã dos Carajás e deixou o filho sozinho na casa. De acordo com o repassado por essa pessoa, a criança passa o dia na rua e, a noite, fica em casa sozinha, no escuro.


Inclusive, na noite de ontem, um vizinho escutou o choro dele e foi lá ver. Ele se queixou que estava com dor de cabeça.

Após a denúncia feita, a equipe da GCMP foi até o endereço informado e encontrou o menino, que estava no escuro, deitado em um colchão no chão. Os agentes disseram ter ficado horrorizados com a situação em que a criança se encontrava.

Após o caso ser repassado ao Conselho Tutelar II, o conselheiro que estava no plantão, que não teve o nome informado, além de demorar a chegar para ir ao local, ao chegar, mesmo diante do flagrante de abandono de incapaz e maus-tratos, pelo estado em que a criança se encontrava, não teria resgatado o menino e nem feito os procedimentos cabíveis nesse caso, relatando a situação à Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEACA).

A atitude do conselheiro causou indignação na equipe da GCMP, que viu a situação insalubre em que a criança está vivendo. O conselheiro teria entrado em contato com o irmão do menino, que estaria trabalhando, que foi para o local e ficou com ele.

De acordo com a guarnição, a criança estava em condições subumanas, sem uma cama, sem água e sem comida, em uma casa com lixo e mau cheiro. "Não havia nada que assegurasse que aquele menino hoje não voltasse a passar tudo novamente", enfatiza um dos agentes, que avalia que o  conselheiro prevaricou.

O menino relatou que, naquela noite, só tinha comido bolacha. Segundo os vizinhos, por não ter com quem ficar, ele passa praticamente o dia na rua. 

O NNC tentou, mas não conseguiu contato com o Conselho Tutelar II para falar sobre o caso.


Por Tina DeBord

Informações: Carlos Silva

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