PF deflagra três operações simultâneas de combate a pornografia e abuso sexual infantil

As operações foram deflagradas na manhã desta quarta-feira (30/8) em São Paulo, Minas Gerais e Ceará. São cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão


Brasília/DF - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (30/8) três operações simultâneas de combate ao abuso sexual e pornografia infantil. As operações são realizadas em São Paulo, Minas Gerais e Ceará. Ontem, terça-feira (29/8), a PF participou de uma operação internacional de combate a pornografia infantil, com ações realizadas em São Paulo, onde 11 pessoas foram presas.

Minas - Em Minas Gerais, a operação de combate ao abuso sexual infantojuvenil está sendo realizada em Belo Horizonte. Segundo a PF, a análise de material, que foi apreendido em operação anterior, identificou a existência de grupo de conversa em conhecido aplicativo de troca de mensagens instantâneas destinado ao compartilhamento de material de abuso sexual infantojuvenil.

Com as investigações chegou-se a um usuário localizado em cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. Assim, a 2ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte expediu Mandados de Busca e Apreensão que foram cumpridos nesta quarta.

A investigação seguirá com análise do material apreendido na data de hoje, com o fim de buscar identificar eventuais vítimas que se encontram retratadas nos arquivos de imagem e vídeo encontrados bem como para responsabilização de todos os usuários do grupo identificado.

Ceará- No Ceará a operação, batizada de  "Mercador da Infância", foi deflagrada  na cidade de Crateús e visa combater o comércio de pornografia infantil. Um suspeito foi preso preventivamente.

De acordo com a PF, a operação objetiva proteger vítimas de abuso sexual infantil, interrompendo crimes de armazenamento, difusão e venda de arquivos digitais contendo pornografia infantil por meio da Internet. Além do mandado de prisão, também foi cumprido um Mandado de Busca e Apreensão expedidos pela 22ª Vara Federal.

As investigações iniciaram por meio de denúncia em plataforma digital recebida pela ONG NCMEC e encaminhada à Polícia Federal. Apurou-se na investigação que estaria ocorrendo o armazenamento, o compartilhamento e venda de conteúdo pornográfico infantojuvenil em redes sociais.

As investigações da PF apontaram indícios veementes da autoria criminosa, indicando que a oferta, o armazenamento e o compartilhamento ilícito das mídias tiveram origem em pessoa investigada no município de Crateús, que foi presa pela PF em endereço que é objeto de busca e apreensão nesta manhã.

O investigado pode responder pelo cometimento, em tese, dos crimes de posse, comercialização e disponibilização de material pornográfico envolvendo criança ou adolescente, com penas somadas de até 18 anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados, a partir da análise do material digital apreendido.

As investigações continuam, com análise do material apreendido.

São Paulo - Em, a operação está sendo realizada em São José dos Campos e tem por finalidade cumprir Mandado de Busca e Apreensão para reprimir o compartilhamento e posse de mídias (fotos/vídeos) com conteúdo de abuso e exploração sexual infantil (pornografia infantil).

Mais de 4.200 imagens de abuso sexual infantil foram previamente identificadas em dispositivos supostamente vinculados ao investigado. Na ação de hoje, policiais federais cumprem mandado expedido pela 3ª Vara Federal de São José dos Campos, em imóvel localizado no município.

De acordo com as investigações, o suspeito, por meio da internet, somente neste ano de 2023, já baixou e compartilhou milhares de imagens de pornografia infantojuvenil.

Durante as diligências, os policiais apreenderam computador e celulares do suspeito, que serão submetidos à perícia técnica criminal para continuidade da investigação.

O homem responderá criminalmente por armazenar e compartilhar na internet vídeos e fotos que contenham cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo menores de idade, crimes cujas penas podem chegar a 10 anos de prisão.

A ação é mais uma fase da Operação "SPY", um projeto permanente da Delegacia de Polícia Federal em São José dos Campos que tem buscado aprimorar e intensificar o trabalho de repressão a crimes relacionados ao abuso e exploração sexual infanto-juvenil na região do Vale do Paraíba.


Por Tina DeBord

Fonte: PF

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