Operação da PRF foi traçada em reunião no Alvorada, diz colunista

A PRF vem realizando barreiras, descumprindo determinação do TSE, impedindo o transporte de eleitores, para prejudicar a votação em Lula. As ações se concentram efetivamente nas regiões Norte e Nordeste, onde o petista tem ampla maioria sobre Bolsonaro


Rio de Janeiro/RJ - A ação protagonizada hoje, domingo (30/10), pela Polícia Rodoviária Federal, que acontece nas estradas brasileiras com ações que dificultam o transporte de eleitores, começou a ser articulada na noite do dia 19 de outubro. Naquela quarta-feira, o núcleo duro da campanha de Jair Bolsonaro se reuniu no Palácio da Alvorada e traçou as ações fundamentais que deveriam ser tomadas na reta final do segundo turno.

Uma delas era justamente a operação que está sendo empreendida desde esta madrugada: os chefes dos órgãos que auxiliam a Justiça Eleitoral, como as Forças Armadas, PF e Polícia Rodoviária Federal, seriam instruídos para que os seus comandados ficassem atentos ao transporte irregular de eleitores, sobretudo no Nordeste. 

Obviamente, nunca se tratou de uma preocupação com a marca da imparcialidade.

Desde sempre, a expectativa do comando bolsonarista é que fossem barradas, impedidas ou dificultadas apenas eventuais locomoções irregulares de eleitores de Lula.

Diz um integrante da campanha:

— Nem seria preciso dar uma ordem explícita para nada. Como o efetivo dessas forças policiais é basicamente composto de simpatizantes do presidente, a consequência de uma operação como essa é óbvia.


Por Lauro Jardim/O Globo

Foto: Divulgação


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