PARAUAPEBAS| Mãe pede socorro para tratar bebê com sério sangramento nasal; município teria virado as costas para ela
A bebê, de cinco meses, começou a apresentar sangramento nasal com um mês de vida e, dedes então, a mãe vem peregrinando com ela em busca de atendimento, mas só viria recebendo o descaso do setor de saúde do município mais rico do interior do Pará
Parauapebas/PA – Enquanto candidatos ligados ao governo municipal ostentam campanhas milionárias em buscas de vagas no Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa, setores, como o de saúde, morrem à mingua, deixando a população, que precisa de setor público, desamparada, como é o caso da dona de casa Maria da Silva, que há quatro meses peregrina com a filha, uma bebê de cinco meses, em busca de atendimento médico adequado.
A pequena Ana Vitória apresenta sangramento nasal desde o
primeiro mês de vida e, desde então, vive entre sua residência, no Bairro
Liberdade, e o Hospital Municipal de Parauapebas (HMP), onde recebe tratamento
paliativo e é mandada de volta para casa, sem diagnóstico do que está causando
o problema de saúde. Desesperada, Maria da Silva pede socorro, porque teme que
o problema se agrave e a vida de sua filha corra risco.
“Faz quatro meses que eu estou nesta luta. Minha filha sangra todos os dias. Eu levo ela ao hospital e eles me mandam para casa sem diagnóstico do que possa estar causando esse sangramento ou se minha filha vai ficar boa. Eu estou nessa luta, indo e voltando do hospital com minha filha, sem saber o que ela tem. Isso é cruel e desumano com uma mãe. Eu estou aflita. Choro todos os dias vendo minha filha sangrar e sem ter condições financeiras de levar ela para uma consulta particular ou para outro município onde a saúde pública funcione”, desabafa Maria, relatando que a criança também tem muita febre, dor de cabeça e no ouvido.
“Eles só passam antibiótico e mais nada. Não realizam um exame para saber o que ela tem. Me encaminharam para uma hematologista quando minha filha tinha 2 meses, após ela vir em estado crítico para o HMP. A médica disse que no retorno, sabe Deus quando, ia solicitar um exame mais especializado para tentar saber o que ela tem. Eu peço, a quem puder me ajudar, para que eu possa levar minha filha par outro centro médico. Ela sofre muito, sentindo dor de cabeça, dor de ouvido e muita febre”, desabafa a mulher, que diz que irá procurar o Ministério Público, para tentar conseguir com que o município dê ao menos um encaminhamento para tratamento fora de domicílio, para que sua filha seja consultada por um especialista.
“Não aguento ver milha filha sofrendo e o município
simplesmente me virar as costas”, lamenta Maria.
O NNC tentou, mas não conseguiu contato com a Secretaria
Municipal de Saúde. No entanto, o espaço está aberto para a posição da secretaria
sobre o caso, que está causando comoção nas redes sociais.
Por Tina DeBord
Foto: Divulgação família
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