VIOLÊNCIA| SINDOJUS divulga nota lamentando assassinato de oficial de Justiça

Segundo o Sindicato, todas as medidas estão sendo tomadas para elucidação do crime e prisão dos acusados de matar o servidor, que foi alvejado durante suposto assalto na manhã desta quarta-feira (29/6) em Novo Repartimento, no sudeste do Pará  

Novo Repartimento/PA – O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Pará (SINDOJUS) divulgou nota lamentando o assassinato do oficial de Justiça Clayton Nazaré do Socorro Martins Mesquita, de 46 anos, morto na manhã desta quarta-feira (29/6) durante um suposto assalto em Novo Repartimento, no sudeste do Pará. O Sindicato ressalta que todas as medidas estão sendo tomadas para a elucidação do crime e prisão dos acusados.

O assassinato do servidor já repercuti em o todo o País. Os sindicatos da classe divulgaram nota lamentando o ocorrido e pedindo a elucidação o mais rápido possível do crime. 

Na nota, o SINDOJUS destaca o trabalho de risco realizado pelos servidores em algumas partes do estado, como na região onde Clayton atuava. "Diversas comarcas contam com pouco efetivo policial, pouca ou nenhuma estrutura para o desenvolvimento da função. Existem mandados judiciais cujo cumprimento da ordem pode superar os 600 km de distância da sede", diz a nota. 

O Sindicato ainda lamenta que o Poder Judiciário não reconhece o Oficial de Justiça como um agente que sofre exposição diariamente. Confirma à íntegra da nota do SINDOJUS.   

Nota

É com profunda tristeza, que o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Pará confirma o assassinato do Oficial de Justiça CLAYTON NAZARÉ DO SOCORRO MARTINS MESQUITA, lotado em Novo Repartimento. Ao tomar conhecimento do fato, imediatamente os diretores saíram em diligência no sentido de identificar a autoria do crime. Diversos setores do Tribunal de Justiça do Pará entraram em contato para prestar apoio, inclusive o Juiz da comarca, Dr. José Jonas Lacerda. O serviço de inteligência do estado já foi acionado para ajudar na elucidação do crime. Ser Oficial de Justiça no Pará vai além de um desafio, sendo um ato heroico, principalmente na região onde aconteceu o crime. Diversas comarcas contam com pouco efetivo policial, pouca ou nenhuma estrutura para o desenvolvimento da função. Existem mandados judiciais cujo cumprimento da ordem pode superar os 600 km de distância da sede. Mesmo com essa distância, o Oficial de Justiça somente conta com a caneta e a sorte para cumprir todos os tipos de mandados, inclusive de prisão, busca e apreensão e medidas protetivas. Infelizmente o Poder Judiciário não reconhece o Oficial de Justiça como um agente que sofre exposição diariamente. Cumprir ordem judiciais gera conflitos a todo momento, estando o Oficial de Justiça suscetível à fúria da sociedade. O Poder Judiciário, através do seu órgão administrativo, Conselho Nacional de Justiça, deve desenvolver políticas de segurança e aparelhamento dos Tribunais de todo país, inclusive com equipamentos de proteção individual e serviço de inteligência. A morte do oficial de justiça Clayton não pode ficar apenas na estatística, o Oficialato de todo o país tem que cobrar uma resposta dos órgãos competentes. Deixamos através dessa nota, toda a solidariedade aos familiares e amigos do colega Clayton Martins e o sentimento de pesar de toda categoria do Brasil. Que Deus receba o Herói, Clayton Martins, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Pará, que tombou no estrito cumprimento do dever legal.


Por Tina DeBord

Foto: Divulgação

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