TUCURUÍ| Seita praticaria tortura, crimes sexuais contra crianças e trabalho escravo

Cinco membros do grupo criminoso foram presos nesta quinta-feira (30/6) em uma operação conjunta das forças federais de segurança pública e ministérios Públicos Federal e do Trabalho


Tucuruí/PA- Cinco membros de uma organização criminosa investigada por diversos crimes foram presos nesta quinta-feira (30/6) em Tucuruí, no sudeste do Pará. Os acusados foram presos na segunda fase da Operação "São Lucas", que é realizada pelo Polícia Federal com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras instituições.

Entre os possíveis crimes investigados estão trabalho em condição análoga à escravidão, formação de quadrilha, estupro, tortura e tentativa de forjar a morte de um dos membros. Segundo a PF, as diligências ocorreram em três endereços ligados a membros da seita em Tucuruí, que praticaria tortura e crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

Ao todo, cinco mandados de prisão foram cumpridos, sendo três de prisão temporária e dois de prisão preventiva. E ainda, quatro mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nos municípios de Tucuruí e Baião. De acordo com a PF, as buscas foram feitas em uma comunidade que se denomina religiosa e existe desde 1997.

Num dos endereços do grupo, havia uma sala com visual sugestivo, que seria reservada para práticas sexuais. Foram apreendidos 10 celulares e uma quantia em dinheiro ainda sendo analisada. Um sapatinho de criança foi encontrado no local, mas a PF não confirmou se é indício ou pista dos crimes sexuais contra crianças que estão sendo investigados.

A Polícia Federal enfatiza que, "No início, supostamente havia uma espécie de "regra igualitária", em que o resultado do trabalho de todos seria dividido entre todos os participantes da comunidade. Porém, com o tempo, os líderes da comunidade começaram a explorar o trabalho de todos os demais participantes".

Os órgãos envolvidos na operação realizaram atendimento aos trabalhadores que se encontravam submetidos ao trabalho em condições análoga à escravidão. De acordo com a PF, as investigações estão em andamento, visando desmontar a organização e identificar todos os envolvidos, que poderão responder por diversos crimes.

 

Por Tina DeBord

Fonte: PF

Fotos: PF

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