O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) se reúne nesta terça-feira (31/5), para discutir o assunto
O projeto 18/22, que norteia a PLP 211/21, define o teto de
17% para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transportes
coletivos, que passam a ser considerados setores essenciais. Os gestores
estaduais querem adiar a regra para o ano de 2024, a fim de compatibilizar as
perdas com o planejamento orçamentário no Plano Plurianual (PPA).
O governador Helder Barbalho afirmou que, se prevalecer no
Senado, o que foi votado na Câmara, em seis meses o Pará vai perder quase 10%
de todo o seu orçamento. Conforme a Sefa, no texto votado na Câmara existe a
previsão de compensação a estados, em caso de perdas de arrecadação, mas apenas
para aqueles que acumulam dívidas com a União ou que estejam em regime de
recuperação fiscal.
Os estados que conseguiram estabilizar as receitas, como o
Pará, não terão direito a nenhum tipo de compensação pelas perdas. De acordo
com Comitê de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz), as perdas dos estados
devem chegar a R$ 83,5 bilhões.
“O projeto é muito ruim para as finanças públicas estaduais
e, para garantir o equilíbrio fiscal, é preciso, pelo menos, que estas perdas
sejam previstas a partir de 2024, com o novo PPA. É preciso lembrar que as
perdas não são somente dos estados, mas dos municípios que têm direito a 25%
dos valores arrecadados do ICMS; haverá também perdas expressivas nos valores
aplicados em saúde e educação e nos repasses para outros poderes, como o
Judiciário e a Defensoria Pública, impactando diretamente sobre os serviços
oferecidos à população mais vulnerável”, afirma o secretário da Fazenda do
Pará, René Sousa Júnior.
Ele observa que para recuperar os valores perdidos com a
nova regra, será necessário aumentar alíquotas de outros segmentos. O Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz) se reúne nesta terça-feira (31/5), para discutir o assunto.
Fonte: Sefa
Foto: Bruno Cecim/Ag.Pará
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