Mais de 4 toneladas de pescado já foram apreendidas durante fiscalizações do defeso no Lago de Tucuruí

O pescado foi doado para comunidades carentes e instituições filantrópicas dos municípios da Região dos Lagos. Também durante as operações foram apreendidos equipamentos, veículos, armas de fogo e animais silvestres

Nas fiscalizações para fazer cumprir o período de defeso no Mosaico do Lago de Tucuruí, no sudeste Pará, agentes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e Polícia Militar, por meio do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), já apreenderam de 4.285 quilos de peixe de diversas espécies. O pescado foi doado para comunidades carentes dos municípios da Região do Lago de Tucuruí.

Ainda durante as ações foram apreendidos 11.750 metros de rede de pesca; cinco motores rabeta; duas motosserras; cinco veículos; cinco espingardas; 12,5 metros cúbicos de madeira; 28 animais silvestres (27 passeriformes e um quelônio); 11 arpões e outros utensílios para pesca. O balanço parcial da operação integrada, iniciada em 1º de novembro de 2021, foi atualizado na última sexta-feira (28) e divulgado neste domingo (30).


De acordo com o Ideflor-Bio, o objetivo da operação é combater a pesca, o comércio e o transporte irregular de pescado na bacia do Rio Tocantins. A região foi escolhida por concentrar grande atividade pesqueira e fazer parte de uma área de conservação de gestão do órgão.

Há mais de 40 localidades no entorno dos sete municípios - Goianésia do Pará, Breu Branco, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento e Tucuruí - que compõem a área de abrangência do Mosaico Lago de Tucuruí. O diretor de Fiscalização Ambiental da Semas, Jorge Alves, observa que essas operações são importantes para garantir a proteção das espécies.

"A proibição da pesca no período de defeso ocorre justamente para que ocorra a reprodução das espécies na bacia hidrográfica, para permitir que os peixes continuem se reproduzindo sem problemas, e garantir que as espécies não entrem em extinção", reitera Jorge.


Ele enfatiza que a pesca para subsistência não fica prejudicada ao longo do período. "A pesca feita artesanalmente pela população ribeirinha continua sendo permitida, quando, por exemplo, não tem fins comerciais e com limitação de até 5 quilos e mais um peixe por dia", explica o diretor.

Segundo Tobias Brancher, coordenador de Fiscalização da Semas, todo o pescado apreendido em operações, seja de rotina ou em grandes operações, é destinado à instituições filantrópicas e aos moradores de bairros carentes dos municípios do Mosaico do Lago de Tucuruí. “Essa integração favorece a efetividade das ações, uma vez que são instituições parceiras é que sempre trabalham em conjunto, conhecem a região e auxiliam o trabalho da Secretaria”, diz ele.

 

 

Por Tina DeBord

Fonte: Semas

Foto: Semas

Comentários