Áreas quilombolas são as mais castigadas pela enchente do Rio Tocantins, em Baião

Nesta quarta-feira (26), o governador Helder Barbalho sobrevoou as áreas e autorizou a distribuição de cestas de alimentos aos desabrigados

 


As áreas quilombolas de Baião, no nordeste do Pará, são as mais castigadas pela enchente do Rio Tocantins, que avança sobre as áreas baixas do município. Em algumas localidades, só é possível ver os telhados das casas.

Nesta quarta-feira (26), o governador Helder Barbalho sobrevoou as localidades e autorizou a distribuição de cestas de alimentos aos desabrigados. Ao todo, foram entregues mil cestas.

"As áreas ribeirinhas, as comunidades e as ilhas que compõem a região de Baião estão sendo atingidas pelas águas, o que traz sofrimento a muitas famílias. Imediatamente, a prefeitura solicitou apoio ao governo do estado e, hoje, estamos aqui entregando mil cestas de alimentos, por meio da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, para que possamos fazer com que essas famílias possam superar esse momento de dificuldade, diminuindo a dor e as perdas. O governo está aqui, ao lado da prefeitura, para colaborar com a população de Baião", afirmou Helder Barbalho.


De acordo com a pescadora Maria do Livramento Carmo de Oliveira, que recebeu uma cesta de alimento, a água tomou conta das rotas de acesso à comunidade onde vive. "Eu moro na comunidade do Quilombo do Engenho. Nós só estamos conseguindo chegar e sair do local de canoa”, relatou.

O prefeito de Baião, Lourival Menezes Filho, diz que a situação é crítica e agradeceu a ajuda recebida do estado e de outros municípios. "A gente é muito grato à ação do governo do Estado, juntamente com os municípios vizinhos, nesse momento de crise em que o município se encontra devido à cheia do Rio Tocantins. Baião foi impactado gravemente. Nós decretamos estado de emergência", ressaltou o prefeito.

O município,  que é um dos mais antigos do Pará, concentra as maiores comunidades quilombolas do estado.

 

Por Tina DeBord

Foto: Divulgação

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